Dia 06/01/2013
Hoje cedo quando acordei, meus pais estavam saindo para fazer algumas poucas compras. Corri e me arrumei rapidamente para acompanhá-los e fomos ao supermercado.
Rodamos um pouco, eu empurrando o carrinho e eles vendo os produtos.
Todo dia 1º de janeiro tem aumento no salário mínimo no Brasil e sempre escuto o mesmo comentário: "o salário vai aumentar e todo o resto também"; isso em muitas versões, mas o teor é sempre esse.
Enquanto eles faziam as compras eu fiquei a observar o preço de coisas que eu costumo comprar para consumo próprio e fiquei pasma com o aumento dos alimentos. Sinceramente não sei como irei conseguir manter minha dieta e meu salário ao mesmo tempo. Meu iogurte (que compro uma bandeja por semana) pulou de aproximadamente R$ 3,99 para R$ 5,05, o pão de fôrma integral light (que já não era barato) foi de R$ 4,50 para R$ 5,15, salgadinhos de baixa caloria que custavam R$ 1,00 subiram para R$ 1,49.
Lembro que em algum mês do ano de 2012 houve um grande movimento para derrubar o preço da gasolina. Acho que vou começar um movimento para fazer cair o preço dos alimentos porque do jeito que vai, não vai dar. Minha mãe deixou de comprar feijão porque se assustou com o preço (infelizmente não vi).
Será que até o direito de comer o velho feijão com arroz será tirado de nós brasileiros?
Meu pai falou que viu uma reportagem onde as pessoas estavam reclamando do preço das cervejas em praias paulistas: R$ 15,00. As pessoas estão reclamando, mas estão pagando. Então, de que adianta reclamar?
Nunca o povo foi tão acomodado como nos dias de hoje. Apesar de muito pequena, sinto falta da época em que a população foi capaz de tirar o Presidente da República do poder. Hoje ninguém está dando a mínima para o que aconteceu (nada) ou vai acontecer (nada também) aos condenados pelo Mensalão.
E viva o carnaval! E viva a Copa de 2014! E viva a Olimpíadas de 2016! E viva o pão (ou não) e o circo!